terça-feira, 11 de junho de 2019

ÁFRICA ANTIGA

ÁFRICA ANTIGA


Estudos dizem que, antes, a África era dividida em duas áreas bem distintas: o Egito e a África subsaariana, ao sul do Deserto do Saara. Mas pouco se sabe sobre os povos subsaarianos, por muito tempo era usada somente a forma oral, com pouca escrita.

Na África, a história e bem grande, já que foi lá que surgiram os primeiros hominídeos, que surgiram na costa do Mar Vermelho e do Oceano Índico além do território onde hoje são a Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue. Algumas comunidades migraram para outros locais e outras permaneceram ali. Os povos da região do Egito se desenvolviam rapidamente com a ajuda do Nilo, mas nos outros povos o desenvolvimento, agricultura e pecuária foram lentos. Porém várias comunidades começaram a sedentarizar rapidamente, cultivando principalmente os cereais e criando animais diversos. Isso provocou um aumento de habitantes, e estas comunidades passaram a abrir rotas de comercialização para vender, principalmente, o sal. Para realizar este transporte era necessário atravessar o Deserto do Saara, e a atividade ficou conhecida como comércio transaariano. Como o lugar a ser percorrido era muito acidentado, os povos africanos começaram a fazer uso de animais capazes de se adaptar a diversas condições. Tentaram muitos animais, o boi, o cavalo e, só depois o camelo. Ele era perfeito para esta função, ficava um bom tempo sem tomar água, pode carregar bastante carga e se adapta a várias condições. Porém, algumas comunidades não se desenvolveram tanto porque há uma mosca chamada tsé-tsé, que transmitia uma doença capaz de dizimar as populações animais.

As religiões africanas
Como a África é muito grande, diversas religiões manifestaram-se nela. Nos locais próximos a Eurásia prevaleceu o judaísmo que se espalhou pelas cidades do norte da África. Essa religião se espalhou por causa dos judeus da rota de comércio. Logo após o cristianismo e o islamismo se fortaleceram muito na África. O cristianismo passou a ser logo logo a religião do império de Axum, que falaremos mais tarde. O cristianismo só foi fixar-se mais fortemente depois do século XV. Já o islamismo conseguiu converter grande parte do norte africano e do Deserto do Saara no século VIII. Além destas o povo africano também criou religiões.

As sociedades africanas
Na história da África, algumas sociedades ficaram mais famosas por causa de sua duração ou importância político-econômica na África.
O Império Kush ( 1700 a.C.- 300 d.C. )
De 3600 a.C. até 1700 a.C., a região da Núbia esteve sob poder egípcio. Mas em 1700 a.C.,os núbios ficaram independentes e criaram uma forte sociedade: o Império Kush. De 1700 a.C. até 1500 a.C. houve o Primeiro Império Kush. Em 1500 a.C. os egípcios reconquistaram a Núbia, o que fez com que algumas pessoas migrassem para a cidade de Napata ,no sul.
Porém, em 1100 a.C. os núbios reconquistaram o seu território e ergueram o Segundo Império Kush. No segundo império, os núbios aumentaram muito seus domínios e até tentaram invadir o Egito em 663 a.C.,mas foram expulsos pelos assírios, povo que havia conquistado o Egito. A economia do Império Kush não foi lá das melhores mas se destacou na África subsaariana. Além disso o Império Kush estava sendo constantemente ameaçada de invasão pelos nômades cuxitas. Em 300 d.C., não houve mais registros sobre o Império Kush, que provavelmente foi conquistado pelo Império Axum.

O povo cartaginês ( século VI a.C. a I a.C. )
Entre os séculos VIII a.C. e VII a.C., o povo fenício criou a cidade de Cartago, onde hoje fica Túnis, capital da Tunísia. Só que, em V a.C. Cartago ficou independente da Fenícia, e construiu um sólido império. Seus domínios foram até o atual Marrocos até o leste da atual Líbia, no golfo de Sidra, além de algumas ilhas e parte da Sicília. Cartago foi uma grande potência naval militar no Mediterrâneo. Primeiramente sua estratégia era evitar conflitos com gregos e romanos e estender ainda mais suas posses no norte africano, onde começou a exercer grande autoridade nos povos nativos. Exploravam povos com pouca tecnologia extraindo ouro, prata e cobre em troca de coisas ridículas como trabalhos artesanais. Além disso, estes povos deviam fornecer soldados para o exército cartaginês.A administração do Império Cartaginês era feita assim: um rei, alguns sulfetes, que eram como governadores e um conselho de cem pessoas. Os sulfetes e as pessoas do conselho eram escolhidas em uma eleição, porém só os mais ricos e poderosos votavam. Cartago se destacou muitissímo pelo seu comércio, tinha muitas riquezas, a maioria extraída dos povos conquistados, além de uma frota comercial excelente. O Império Cartaginês acabou conquistado por Roma nas Guerras Púnicas.

A sociedade de Axum ( século I d.C. a X d.C. )
Entre os séculos V a.C. e IV a.C.,algumas pessoas oriundas da península arábica fugindo do deserto migraram em uma região onde hoje é o norte da Etiópia e a Eritréia. Fundaram a cidade de Adúlis e expandiram o seu território e fundaram a cidade de Axum. No começo a sociedade não era maior que um retângulo de 160km por 300km. O reino se enriqueceu muito através do comércio e expandiu seus domínios. Conquistou o Império Kush e seu território já compreendia o seu território inicial, todo o atual Sudão e algumas partes da Península Arábica. Os axumitas criaram um importante centro comercial, de importação e exportação. Por ali foram encontrados até vestígios de porcelana chinesa. Além disso muitas mercadorias faziam escala em Axum como a rota de Índia para Roma que sempre parava em Axum. Logo se tornou uma grande exportadora de ouro, prata e marfim. Eles eram politeístas, mas depois adotaram o cristianismo como religião oficial. Por causa desta mudança se estremeceram as relações com alguns povos que tinham outras religiões como oficiais. Depois, o império romano do ocidente caiu, o que enfraqueceu as exportações e o comércio da nação o que empobreceu o povo. Não sabemos ao certo a razão do fim de Axum, mas com certeza estes fatos ajudaram.

O Reino de Gana ( 300 d.C. até 1300 d.C.)
Na África ocidental a sociedade se desenvolveu muito diferentemente do oriente africano. As cidades do sudoeste enriqueceram graças ao comércio transaariano que negociava produtos para quase toda a África. Por causa disso as cidades cresceram, criando reinos. Um desses reinos foi Gana que no início era um pequeno território onde hoje é a Mauritânia e o Mali. Com o tempo Gana expandiu suas posses e sua riqueza era famosa na África. Seus governantes viviam em palácios luxuosos e decorados com ouro abundante naquela região. Só que, foi construído o Reino de Mali que acabou ficando maior que Gana e conquistando-a.

VOCÊ SABIA QUE EXISTE ÁFRICA BRANCA E ÁFRICA NEGRA?
África “branca” (cultura árabe) e África “negra” (culturas locais).
Isto é possível em virtude da influência que a região norte da África (árabe) sofreu com a ocupação dos povos do Oriente Médio (Ásia) durante os tempos, tendo como resultado um espaço totalmente adverso da África “negra”, sendo esta última caracterizada pelas culturas regionais provindas de milenares tribos africanas. Também é possível destacar a própria cor da pele dos africanos nessas duas regiões: os descendentes de árabes possuem uma tez clara, em grande parte, enquanto que os africanos relacionados com as culturas tribais já têm uma cor mais negra.
Sendo assim, a África vem a ser o resultado de anos de ocupação e influência das mais diversas culturas do mundo que remodelaram e transformaram seu continente num espaço diversificado e muitas vezes carente de recursos econômicos, por outro lado, suas belezas naturais são únicas e, por enquanto, estão permanentes em todo seu território.
África “branca”: Argélia, Dijbuti, Egito, Eritréia, Etiópia, Líbia, Mali, Marrocos, Mauritânia, Níger, Saara Ocidental, Somália, Sudão e Tunísia.
África “negra”: Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Togo, Camarões, Congo, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Chade, Burundi, Quênia, Ruanda, Tanzânia, Uganda, África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar, Malauí, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue.

RESPONDA: ( Faça com suas palavras. Seja crítico.)
1- Comente sobre a religião africana.
2- Caracterize os impérios africanos.
3- Qual a atual situação da África? Justifique.
4- Explique a diferença da áfrica Branca e a áfrica Negra.

Humanismo Renascentista

Humanismo Renascentista


O humanismo renascentista representa um movimento intelectual e filosófico que se desenvolveu durante o período do Renascimento (séculos XV e XVI).

O antropocentrismo (homem no centro do mundo) foi o principal conceito em que esteve apoiado o pensamento filosófico da época.

Na literatura, o humanismo representa uma fase de transição entre o trovadorismo e o classicismo, ou ainda, a segunda época medieval.

Renascimento
Vale lembrar que o Renascimento foi um movimento artístico e filosófico que teve início no século XV na Itália e que aos poucos, foi se espalhando pelo continente europeu.

Com a queda do sistema feudal, que fora impulsionado com a formação de uma nova classe social (a burguesia) bem como a intensificação do comércio, o renascimento surge para suprir diversas lacunas.

Nesse sentido, a expansão do cientificismo (Copérnico, Galileu, Kepler, Newton, etc.) veio confrontar diversos dogmas da Igreja Católica, que aos poucos, foi perdendo seus fiéis, sobretudo com a reforma protestante.

Junto a isso, o antropocentrismo renascentista vem substituir o teocentrismo medieval. É um período importante de transformações sociais, culturais, políticas e econômicas, as quais influenciaram a mentalidade da época.

Saiba tudo sobre o Renascimento com a leitura dos artigos:

Renascimento: Características e Contexto Histórico
Fases do Renascimento
Características do Renascimento
Artistas do Renascimento
Reforma Protestante
A reforma protestante, que teve início em no século XVI, representou um movimento de reforma religiosa e que alterou a estrutura eclesiástica da Igreja Católica.

Martinho Lutero foi o precursor do movimento com as 95 teses que escreveu rechaçando algumas práticas apregoadas pela Igreja, por exemplo, a venda de indulgências.

Esse movimento se espalhou por diversas partes da Europa. Em resposta, surge o movimento católico da Contrarreforma.

Resumo: Filosofia Humanista
O humanismo foi um movimento intelectual que se manifestou nas artes e na filosofia. Os filósofos humanistas tinham o objetivo de trazer à tona questões relacionadas com o universo humano, alijando-se definitivamente do pensamento teocêntrico da época anterior, a Idade Média.

Trata-se, portanto, do rompimento de paradigmas, buscando assim, uma nova forma de enxergar o mundo. Em resumo, o humanismo renascentista representou a evolução do pensamento humano, a partir de diversos questionamentos realizados pelos filósofos da época.


Com a evolução do cientificismo, bem como da corrente empirista, a verdade passou a emanar não somente de Deus, mas também dos seres humanos, que pensam e refletem sobre sua condição no mundo.

Na área da educação, a expansão de diversas escolas e universidades foram essenciais para a difusão do humanismo renascentista, o qual proporcionou a inclusão de disciplinas como a filosofia, línguas, literatura, artes, humanidades e ciências e assim, a expansão do humanismo pela Europa.

A invenção da Imprensa no século XV pelo alemão Johannes Gutemberg, foi fundamental para divulgar o conhecimento, facilitando o acesso a diversas obras humanistas.

Individualismo
O individualismo foi uma das principais características do humanismo renascentista, uma vez que trouxe à tona questões relacionadas com a individualidade do ser humano, bem como de suas emoções.

Dessa forma, o ser humano é colocado no centro do mundo e a partir daí, é destacada sua importância como agente de mudanças, dotado, portanto, de inteligência.

Nesse ínterim, e alijado dos valores medievais calcados na religião, o homem humanista é individual e está pronto para fazer suas escolhas no mundo (livre-arbítrio). Torna-se assim, um ser humano crítico.


Principais Filósofos e Intelectuais Humanistas
Francesco Petrarca
Giovanni Boccaccio
Erasmo de Roterdã
Michel de Montaigne
Giovanni Pico della Mirandola
Marsílio Ficino
Gasparino Barzizza
Francesco Barbaro
Jorge de Trebizonda
Guarino de Verona
Domenico Capranica
Teodoro Gaza
Matteo Corsini
Niccolò Niccoli
Poggio Bracciolini
Características do Humanismo
Antropocentrismo
Cientificismo
Racionalismo
Empirismo
Antiguidade Clássica
Valorização do ser humano

Fonte

Renascimento Cultural

Renascimento Cultural



O Renascimento Cultural foi um movimento que teve seu início na Itália no século XIV e se estendeu por toda a Europa até o século XVI.

Os artistas, escritores e pensadores renascentistas expressavam em suas obras os valores, ideais e nova visão do mundo, de uma sociedade que emergia da crise do período medieval.

Na Idade Média, grande parte da produção intelectual e artística estava ligada à Igreja. Já na Idade Moderna, a arte e o saber voltaram-se para o mundo concreto, para a humanidade e a sua capacidade de transformar o mundo.

Origem do Renascimento
Renascimento Cultural
Florença, a cidade italiana "Berço do Renascimento"

O Renascimento teve sua origem na península Itálica, que era o centro do comércio mediterrâneo. Com a economia dinâmica e rica, os excedentes eram investidos em produção cultural.

A burguesia oriunda das camadas marginais da sociedade medieval, tornaram-se mecenas, investindo em palácios, catedrais, esculturas e pinturas, buscando aproximar seu estilo de vida ao da nobreza.

Veja também o artigo sobre o Mecenato.

A Itália, favorecida pelo grande número de obras da Antiguidade, inspirou os artistas do Renascimento. A literatura e o pensamento da Antiguidade greco-romana serviram de referência para os escritores renascentistas e contribuíram para a formação de seus valores e ideais.

Características do Renascimento: Resumo
Os renascentistas rejeitavam os valores feudais a ponto de considerar o período medieval como a "Idade das Trevas", e por isso a época obscura seria abolida por um "renascimento cultural". Assim, opunham-se ao teocentrismo, ao misticismo, ao geocentrismo e ao coletivismo.


O traço marcante do Renascimento era o racionalismo. Baseado na convicção de que tudo se podia explicar pela razão e pela observação da natureza, tentava compreender o universo de forma calculada e matemática.

O elemento central foi o humanismo, no sentido de valorizar o ser humano, considerado a obra mais perfeita de Cristo.

Daí surge o antropocentrismo renascentista, ou seja, a ideia do homem como centro das preocupações intelectuais e artísticas.

Outras características do movimento renascentista foram o naturalismo, o hedonismo e o neoplatonismo.

O naturalismo pregava a volta à natureza.

O hedonismo defendia o prazer individual como o único bem possível.

O neoplatonismo defendia uma elevação espiritual, uma aproximação com Deus através de uma interiorização em detrimento de qualquer busca material.

VEJA TAMBÉM: Características do Renascimento
Renascimento Artístico
A arte do renascimento expressou as preocupações surgidas em sua época, com o desenvolvimento comercial e urbano. A dignidade, a racionalidade e a individualidade do homem eram seus principais temas.

Um grande precursor do Renascimento literário na Itália foi Dante Alighieri (1265-1321), autor da "A Divina Comédia". Apesar de criticar a Igreja, sua obra ainda apresenta forte influência medieval.


A consolidação do Renascimento na Itália ocorreu basicamente no século XIV, período conhecido com Trecentro, ou seja nos anos 1300.

As primeiras manifestações da nova arte surgiram comGiotto di Bondoni(1266-1337). Suas obras representavam figuras humanas com grande naturalismo, inclusive Cristo e os Santos.

Na literatura generalizou-se a utilização do dialeto toscano, que seria matriz da língua italiana contemporânea. Mas foi Francesco Petrarca (1304-1374) o "pai do humanismo e da literatura italiana".

Foi ele o autor de "África" e "Odes a Laura", ainda expressando uma forte inspiração greco-romana e uma religiosidade medieval.

Outro grande nome do Trecentro foi Bocaccio e sua obra Decameron, com seus contos satíricos que criticavam o ascetismo medieval.

O Quattrocento (1400), segundo período do renascimento italiano, surge em Florença com o pintor Masaccio (1401-1429), um mestre da perspectiva.

Outro destaque foi Sandro Botticelli (1445-1510), que acreditava que a arte era mesmo tempo uma representação espiritual, religiosa e simbólica.

Destacou-se também o arquiteto Felippo Brunelleschi, autor da cúpula da catedral de Santa Maria del Fiore, o escultor Donatello e os pintores Paolo Uccello, Andrea Mantegna e Fra Angelico.

Renascimento Cultural
Basílica de São Pedro no Vaticano


No terceiro período, o Cinquecento (1500), Roma passou a ser o principal centro da arte renascentista. Foi construída a basílica de São Pedro, no Vaticano, projeto do arquiteto Donato Bramante.

Na literatura, sistematizou-se o uso da língua italiana através de Francesco Guiciardini, Torquato Tasso, Ariosto e principalmente com Nicolau Maquiavel, com sua obra "O Príncipe".

Na pintura despontaram:

Leonardo da Vinci (1452-1519), com a "Mona Lisa" e a "A Santa Ceia";
Rafael Sanzio (1483-1520) conhecido como o "pintor das madonas";
Ticiano, o mestre da cor, que imprimiu sua marca na escola de Veneza;
Michelangelo, escultor e pintor conhecido como "o gigante do Renascimento", responsável pelos monumentais Afrescos da Capela Sistina. São também dele as esculturas de "Davi", "Moisés" e a "Pietá".

Fonte