terça-feira, 11 de junho de 2019

ÁFRICA ANTIGA

ÁFRICA ANTIGA


Estudos dizem que, antes, a África era dividida em duas áreas bem distintas: o Egito e a África subsaariana, ao sul do Deserto do Saara. Mas pouco se sabe sobre os povos subsaarianos, por muito tempo era usada somente a forma oral, com pouca escrita.

Na África, a história e bem grande, já que foi lá que surgiram os primeiros hominídeos, que surgiram na costa do Mar Vermelho e do Oceano Índico além do território onde hoje são a Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue. Algumas comunidades migraram para outros locais e outras permaneceram ali. Os povos da região do Egito se desenvolviam rapidamente com a ajuda do Nilo, mas nos outros povos o desenvolvimento, agricultura e pecuária foram lentos. Porém várias comunidades começaram a sedentarizar rapidamente, cultivando principalmente os cereais e criando animais diversos. Isso provocou um aumento de habitantes, e estas comunidades passaram a abrir rotas de comercialização para vender, principalmente, o sal. Para realizar este transporte era necessário atravessar o Deserto do Saara, e a atividade ficou conhecida como comércio transaariano. Como o lugar a ser percorrido era muito acidentado, os povos africanos começaram a fazer uso de animais capazes de se adaptar a diversas condições. Tentaram muitos animais, o boi, o cavalo e, só depois o camelo. Ele era perfeito para esta função, ficava um bom tempo sem tomar água, pode carregar bastante carga e se adapta a várias condições. Porém, algumas comunidades não se desenvolveram tanto porque há uma mosca chamada tsé-tsé, que transmitia uma doença capaz de dizimar as populações animais.

As religiões africanas
Como a África é muito grande, diversas religiões manifestaram-se nela. Nos locais próximos a Eurásia prevaleceu o judaísmo que se espalhou pelas cidades do norte da África. Essa religião se espalhou por causa dos judeus da rota de comércio. Logo após o cristianismo e o islamismo se fortaleceram muito na África. O cristianismo passou a ser logo logo a religião do império de Axum, que falaremos mais tarde. O cristianismo só foi fixar-se mais fortemente depois do século XV. Já o islamismo conseguiu converter grande parte do norte africano e do Deserto do Saara no século VIII. Além destas o povo africano também criou religiões.

As sociedades africanas
Na história da África, algumas sociedades ficaram mais famosas por causa de sua duração ou importância político-econômica na África.
O Império Kush ( 1700 a.C.- 300 d.C. )
De 3600 a.C. até 1700 a.C., a região da Núbia esteve sob poder egípcio. Mas em 1700 a.C.,os núbios ficaram independentes e criaram uma forte sociedade: o Império Kush. De 1700 a.C. até 1500 a.C. houve o Primeiro Império Kush. Em 1500 a.C. os egípcios reconquistaram a Núbia, o que fez com que algumas pessoas migrassem para a cidade de Napata ,no sul.
Porém, em 1100 a.C. os núbios reconquistaram o seu território e ergueram o Segundo Império Kush. No segundo império, os núbios aumentaram muito seus domínios e até tentaram invadir o Egito em 663 a.C.,mas foram expulsos pelos assírios, povo que havia conquistado o Egito. A economia do Império Kush não foi lá das melhores mas se destacou na África subsaariana. Além disso o Império Kush estava sendo constantemente ameaçada de invasão pelos nômades cuxitas. Em 300 d.C., não houve mais registros sobre o Império Kush, que provavelmente foi conquistado pelo Império Axum.

O povo cartaginês ( século VI a.C. a I a.C. )
Entre os séculos VIII a.C. e VII a.C., o povo fenício criou a cidade de Cartago, onde hoje fica Túnis, capital da Tunísia. Só que, em V a.C. Cartago ficou independente da Fenícia, e construiu um sólido império. Seus domínios foram até o atual Marrocos até o leste da atual Líbia, no golfo de Sidra, além de algumas ilhas e parte da Sicília. Cartago foi uma grande potência naval militar no Mediterrâneo. Primeiramente sua estratégia era evitar conflitos com gregos e romanos e estender ainda mais suas posses no norte africano, onde começou a exercer grande autoridade nos povos nativos. Exploravam povos com pouca tecnologia extraindo ouro, prata e cobre em troca de coisas ridículas como trabalhos artesanais. Além disso, estes povos deviam fornecer soldados para o exército cartaginês.A administração do Império Cartaginês era feita assim: um rei, alguns sulfetes, que eram como governadores e um conselho de cem pessoas. Os sulfetes e as pessoas do conselho eram escolhidas em uma eleição, porém só os mais ricos e poderosos votavam. Cartago se destacou muitissímo pelo seu comércio, tinha muitas riquezas, a maioria extraída dos povos conquistados, além de uma frota comercial excelente. O Império Cartaginês acabou conquistado por Roma nas Guerras Púnicas.

A sociedade de Axum ( século I d.C. a X d.C. )
Entre os séculos V a.C. e IV a.C.,algumas pessoas oriundas da península arábica fugindo do deserto migraram em uma região onde hoje é o norte da Etiópia e a Eritréia. Fundaram a cidade de Adúlis e expandiram o seu território e fundaram a cidade de Axum. No começo a sociedade não era maior que um retângulo de 160km por 300km. O reino se enriqueceu muito através do comércio e expandiu seus domínios. Conquistou o Império Kush e seu território já compreendia o seu território inicial, todo o atual Sudão e algumas partes da Península Arábica. Os axumitas criaram um importante centro comercial, de importação e exportação. Por ali foram encontrados até vestígios de porcelana chinesa. Além disso muitas mercadorias faziam escala em Axum como a rota de Índia para Roma que sempre parava em Axum. Logo se tornou uma grande exportadora de ouro, prata e marfim. Eles eram politeístas, mas depois adotaram o cristianismo como religião oficial. Por causa desta mudança se estremeceram as relações com alguns povos que tinham outras religiões como oficiais. Depois, o império romano do ocidente caiu, o que enfraqueceu as exportações e o comércio da nação o que empobreceu o povo. Não sabemos ao certo a razão do fim de Axum, mas com certeza estes fatos ajudaram.

O Reino de Gana ( 300 d.C. até 1300 d.C.)
Na África ocidental a sociedade se desenvolveu muito diferentemente do oriente africano. As cidades do sudoeste enriqueceram graças ao comércio transaariano que negociava produtos para quase toda a África. Por causa disso as cidades cresceram, criando reinos. Um desses reinos foi Gana que no início era um pequeno território onde hoje é a Mauritânia e o Mali. Com o tempo Gana expandiu suas posses e sua riqueza era famosa na África. Seus governantes viviam em palácios luxuosos e decorados com ouro abundante naquela região. Só que, foi construído o Reino de Mali que acabou ficando maior que Gana e conquistando-a.

VOCÊ SABIA QUE EXISTE ÁFRICA BRANCA E ÁFRICA NEGRA?
África “branca” (cultura árabe) e África “negra” (culturas locais).
Isto é possível em virtude da influência que a região norte da África (árabe) sofreu com a ocupação dos povos do Oriente Médio (Ásia) durante os tempos, tendo como resultado um espaço totalmente adverso da África “negra”, sendo esta última caracterizada pelas culturas regionais provindas de milenares tribos africanas. Também é possível destacar a própria cor da pele dos africanos nessas duas regiões: os descendentes de árabes possuem uma tez clara, em grande parte, enquanto que os africanos relacionados com as culturas tribais já têm uma cor mais negra.
Sendo assim, a África vem a ser o resultado de anos de ocupação e influência das mais diversas culturas do mundo que remodelaram e transformaram seu continente num espaço diversificado e muitas vezes carente de recursos econômicos, por outro lado, suas belezas naturais são únicas e, por enquanto, estão permanentes em todo seu território.
África “branca”: Argélia, Dijbuti, Egito, Eritréia, Etiópia, Líbia, Mali, Marrocos, Mauritânia, Níger, Saara Ocidental, Somália, Sudão e Tunísia.
África “negra”: Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Togo, Camarões, Congo, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Chade, Burundi, Quênia, Ruanda, Tanzânia, Uganda, África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar, Malauí, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue.

RESPONDA: ( Faça com suas palavras. Seja crítico.)
1- Comente sobre a religião africana.
2- Caracterize os impérios africanos.
3- Qual a atual situação da África? Justifique.
4- Explique a diferença da áfrica Branca e a áfrica Negra.

Humanismo Renascentista

Humanismo Renascentista


O humanismo renascentista representa um movimento intelectual e filosófico que se desenvolveu durante o período do Renascimento (séculos XV e XVI).

O antropocentrismo (homem no centro do mundo) foi o principal conceito em que esteve apoiado o pensamento filosófico da época.

Na literatura, o humanismo representa uma fase de transição entre o trovadorismo e o classicismo, ou ainda, a segunda época medieval.

Renascimento
Vale lembrar que o Renascimento foi um movimento artístico e filosófico que teve início no século XV na Itália e que aos poucos, foi se espalhando pelo continente europeu.

Com a queda do sistema feudal, que fora impulsionado com a formação de uma nova classe social (a burguesia) bem como a intensificação do comércio, o renascimento surge para suprir diversas lacunas.

Nesse sentido, a expansão do cientificismo (Copérnico, Galileu, Kepler, Newton, etc.) veio confrontar diversos dogmas da Igreja Católica, que aos poucos, foi perdendo seus fiéis, sobretudo com a reforma protestante.

Junto a isso, o antropocentrismo renascentista vem substituir o teocentrismo medieval. É um período importante de transformações sociais, culturais, políticas e econômicas, as quais influenciaram a mentalidade da época.

Saiba tudo sobre o Renascimento com a leitura dos artigos:

Renascimento: Características e Contexto Histórico
Fases do Renascimento
Características do Renascimento
Artistas do Renascimento
Reforma Protestante
A reforma protestante, que teve início em no século XVI, representou um movimento de reforma religiosa e que alterou a estrutura eclesiástica da Igreja Católica.

Martinho Lutero foi o precursor do movimento com as 95 teses que escreveu rechaçando algumas práticas apregoadas pela Igreja, por exemplo, a venda de indulgências.

Esse movimento se espalhou por diversas partes da Europa. Em resposta, surge o movimento católico da Contrarreforma.

Resumo: Filosofia Humanista
O humanismo foi um movimento intelectual que se manifestou nas artes e na filosofia. Os filósofos humanistas tinham o objetivo de trazer à tona questões relacionadas com o universo humano, alijando-se definitivamente do pensamento teocêntrico da época anterior, a Idade Média.

Trata-se, portanto, do rompimento de paradigmas, buscando assim, uma nova forma de enxergar o mundo. Em resumo, o humanismo renascentista representou a evolução do pensamento humano, a partir de diversos questionamentos realizados pelos filósofos da época.


Com a evolução do cientificismo, bem como da corrente empirista, a verdade passou a emanar não somente de Deus, mas também dos seres humanos, que pensam e refletem sobre sua condição no mundo.

Na área da educação, a expansão de diversas escolas e universidades foram essenciais para a difusão do humanismo renascentista, o qual proporcionou a inclusão de disciplinas como a filosofia, línguas, literatura, artes, humanidades e ciências e assim, a expansão do humanismo pela Europa.

A invenção da Imprensa no século XV pelo alemão Johannes Gutemberg, foi fundamental para divulgar o conhecimento, facilitando o acesso a diversas obras humanistas.

Individualismo
O individualismo foi uma das principais características do humanismo renascentista, uma vez que trouxe à tona questões relacionadas com a individualidade do ser humano, bem como de suas emoções.

Dessa forma, o ser humano é colocado no centro do mundo e a partir daí, é destacada sua importância como agente de mudanças, dotado, portanto, de inteligência.

Nesse ínterim, e alijado dos valores medievais calcados na religião, o homem humanista é individual e está pronto para fazer suas escolhas no mundo (livre-arbítrio). Torna-se assim, um ser humano crítico.


Principais Filósofos e Intelectuais Humanistas
Francesco Petrarca
Giovanni Boccaccio
Erasmo de Roterdã
Michel de Montaigne
Giovanni Pico della Mirandola
Marsílio Ficino
Gasparino Barzizza
Francesco Barbaro
Jorge de Trebizonda
Guarino de Verona
Domenico Capranica
Teodoro Gaza
Matteo Corsini
Niccolò Niccoli
Poggio Bracciolini
Características do Humanismo
Antropocentrismo
Cientificismo
Racionalismo
Empirismo
Antiguidade Clássica
Valorização do ser humano

Fonte

Renascimento Cultural

Renascimento Cultural



O Renascimento Cultural foi um movimento que teve seu início na Itália no século XIV e se estendeu por toda a Europa até o século XVI.

Os artistas, escritores e pensadores renascentistas expressavam em suas obras os valores, ideais e nova visão do mundo, de uma sociedade que emergia da crise do período medieval.

Na Idade Média, grande parte da produção intelectual e artística estava ligada à Igreja. Já na Idade Moderna, a arte e o saber voltaram-se para o mundo concreto, para a humanidade e a sua capacidade de transformar o mundo.

Origem do Renascimento
Renascimento Cultural
Florença, a cidade italiana "Berço do Renascimento"

O Renascimento teve sua origem na península Itálica, que era o centro do comércio mediterrâneo. Com a economia dinâmica e rica, os excedentes eram investidos em produção cultural.

A burguesia oriunda das camadas marginais da sociedade medieval, tornaram-se mecenas, investindo em palácios, catedrais, esculturas e pinturas, buscando aproximar seu estilo de vida ao da nobreza.

Veja também o artigo sobre o Mecenato.

A Itália, favorecida pelo grande número de obras da Antiguidade, inspirou os artistas do Renascimento. A literatura e o pensamento da Antiguidade greco-romana serviram de referência para os escritores renascentistas e contribuíram para a formação de seus valores e ideais.

Características do Renascimento: Resumo
Os renascentistas rejeitavam os valores feudais a ponto de considerar o período medieval como a "Idade das Trevas", e por isso a época obscura seria abolida por um "renascimento cultural". Assim, opunham-se ao teocentrismo, ao misticismo, ao geocentrismo e ao coletivismo.


O traço marcante do Renascimento era o racionalismo. Baseado na convicção de que tudo se podia explicar pela razão e pela observação da natureza, tentava compreender o universo de forma calculada e matemática.

O elemento central foi o humanismo, no sentido de valorizar o ser humano, considerado a obra mais perfeita de Cristo.

Daí surge o antropocentrismo renascentista, ou seja, a ideia do homem como centro das preocupações intelectuais e artísticas.

Outras características do movimento renascentista foram o naturalismo, o hedonismo e o neoplatonismo.

O naturalismo pregava a volta à natureza.

O hedonismo defendia o prazer individual como o único bem possível.

O neoplatonismo defendia uma elevação espiritual, uma aproximação com Deus através de uma interiorização em detrimento de qualquer busca material.

VEJA TAMBÉM: Características do Renascimento
Renascimento Artístico
A arte do renascimento expressou as preocupações surgidas em sua época, com o desenvolvimento comercial e urbano. A dignidade, a racionalidade e a individualidade do homem eram seus principais temas.

Um grande precursor do Renascimento literário na Itália foi Dante Alighieri (1265-1321), autor da "A Divina Comédia". Apesar de criticar a Igreja, sua obra ainda apresenta forte influência medieval.


A consolidação do Renascimento na Itália ocorreu basicamente no século XIV, período conhecido com Trecentro, ou seja nos anos 1300.

As primeiras manifestações da nova arte surgiram comGiotto di Bondoni(1266-1337). Suas obras representavam figuras humanas com grande naturalismo, inclusive Cristo e os Santos.

Na literatura generalizou-se a utilização do dialeto toscano, que seria matriz da língua italiana contemporânea. Mas foi Francesco Petrarca (1304-1374) o "pai do humanismo e da literatura italiana".

Foi ele o autor de "África" e "Odes a Laura", ainda expressando uma forte inspiração greco-romana e uma religiosidade medieval.

Outro grande nome do Trecentro foi Bocaccio e sua obra Decameron, com seus contos satíricos que criticavam o ascetismo medieval.

O Quattrocento (1400), segundo período do renascimento italiano, surge em Florença com o pintor Masaccio (1401-1429), um mestre da perspectiva.

Outro destaque foi Sandro Botticelli (1445-1510), que acreditava que a arte era mesmo tempo uma representação espiritual, religiosa e simbólica.

Destacou-se também o arquiteto Felippo Brunelleschi, autor da cúpula da catedral de Santa Maria del Fiore, o escultor Donatello e os pintores Paolo Uccello, Andrea Mantegna e Fra Angelico.

Renascimento Cultural
Basílica de São Pedro no Vaticano


No terceiro período, o Cinquecento (1500), Roma passou a ser o principal centro da arte renascentista. Foi construída a basílica de São Pedro, no Vaticano, projeto do arquiteto Donato Bramante.

Na literatura, sistematizou-se o uso da língua italiana através de Francesco Guiciardini, Torquato Tasso, Ariosto e principalmente com Nicolau Maquiavel, com sua obra "O Príncipe".

Na pintura despontaram:

Leonardo da Vinci (1452-1519), com a "Mona Lisa" e a "A Santa Ceia";
Rafael Sanzio (1483-1520) conhecido como o "pintor das madonas";
Ticiano, o mestre da cor, que imprimiu sua marca na escola de Veneza;
Michelangelo, escultor e pintor conhecido como "o gigante do Renascimento", responsável pelos monumentais Afrescos da Capela Sistina. São também dele as esculturas de "Davi", "Moisés" e a "Pietá".

Fonte

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Primeira Guerra Mundial



  •  Conflito armado ocorrido no início do século XX, no território europeu. Envolveu grande parte dos países do mundo e marcou o início de um período de avanços tecnológicos.
  •   Possíveis causas para o conflito - disputas de mercados internacionais; atrito entre as grandes potências por causa de questões coloniais; a França queria revanche contra a Alemanha por ter perdido o território da Alsácia-Lorena.
  •   A Inglaterra, naquela época, dominava o mercado mundial. Os ingleses eram os maiores fornecedores de produtos maquinofaturados do mundo e fariam tudo ao seu alcance para evitar que essa hegemonia fosse ameaçada.
  •  A Alemanha estava entre as nações que mais lhe incomodavam, pois, em menos de três décadas após sua unificação, já despontava como a segunda maior indústria do mundo.
  •   Na França, desde sua perda da região do Alsácia-Lorena para a Alemanha  gerou um sentimento revanchista. Os franceses não aceitavam a perda desse território, especialmente por ser uma região rica em alguns recursos naturais importantes para o crescimento do setor industrial.
  •   Outra fonte de atrito entre as potências imperiais era o interesse russo sobre os Bálcãs. Visando a obter mais influencia sobre a região balcânica, os russos passarem a incentivar e apoiar os movimentos de resistências balcânicos.
  •   Nesse contexto,ocorreu o episódio que foi considerado o estopim da Primeira Guerra Mundial, o assassinato do herdeiro do trono austro-húngaro,Francisco Ferdinando.
  •   ESTOPIM - Assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa, Sofia, no dia 28 de Junho de 1914. O autor do crime foi Gavrilo Princip, participante do grupo nacionalista  Mão Negra. Esse fato foi, apenas, a “gota d’água”para o início do conflito.
  •   Os países estavam armados e preparados para guerrear. As potências reuniram-se em blocos. Era a preparação para um grande conflito. O mundo esperava uma guerra rápida, mas esta durou 4 anos e arruinou a Europa.
  •   Tríplice Entente: Império Britânico, França, Império Russo (até 1917) e Estados Unidos (a partir de 1917).
  •   Potências Centrais (Tríplice Aliança): Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano.
  •   A Primeira Guerra Mundial - Ocorreu de 28 de julho de 1914 a 11 de novembro de 1918.
  •  Desenvolvimento do conflito - As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e a doença também eram inimigas desses guerreiros.
  •   Nos combates, também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam na indústria bélica, como empregadas. 
  •   As trincheiras - Nas trincheiras, os soldados conviviam com ratos, parasitas, lama ou  pó, frio ou calor, conforme a estação do ano.  Eram protegidas por grandes redes de arame farpado e por muitos homens armados com metralhadoras.
  •   O avanço dos inimigos era retardado pelo uso do arame farpado. As infantarias eram armadas com muitas metralhadoras. A partir de 1915, os alemães começaram a usar gás tóxico. A alimentação era feita à base de carne, vegetais enlatados e biscoitos.
  •   Os E.U.A vendiam alimentos, combustível, produtos industriais e máquinas para França e Inglaterra, tudo pelo sistema de crediário (“compre agora e pague depois da guerra”).
  •   Com o passar do tempo, a situação ficava pior (destruição, fome, miséria e matança) e os E.U.A começaram a temer que França e Inglaterra não pagassem as mercadorias compradas (os dois países deviam, aproximadamente, 2 bilhões de dólares aos americanos).
  •   Preocupados com um possível não pagamento da dívida, a população americana incentivava a entrada do país na guerra. Em março de 1917, os alemães afundaram alguns navios americanos que iam comercializar com a Inglaterra. Esse fato levou o Congresso americano, no dia 6 de abril, a declarar guerra à Alemanha. A entrada dos Estados Unidos na guerra foi decisiva para a vitória da Entente.                                                                                                                             
  •   O ano de 1917 é essencial para o fim do conflito, pois a Rússia abandonou a guerra em razão do início de sua Revolução e os E.U.A, que, até então, só participavam da guerra como fornecedor, vendo seus investimentos em perigo, entram, militarmente, no conflito, mudando totalmente o destino da guerra e garantindo a vitória da Tríplice Entente.
  •   O presidente dos E.U.A (Woodrow Wilson), em 1918, levou suas ideias ao Congresso no chamado “Programa dos 14 Pontos”. A proposta previa o fim do conflito sem que se atribuísse o peso da culpa e da responsabilidade da guerra a nenhuma nação específica. Seria uma “ paz sem vencedores”, ou, “ paz sem perdedores”. Dessa forma nenhuma nação derrotada teria que arcar com os custos de reconstrução do mundo pós-guerra. Os principais líderes aliados não aceitaram essa proposta de paz estadunidense. A eles interessava um culpado, pois então haveria um ou mais responsáveis e sobre estes recairiam os custos do conflito. A rejeição, especialmente da França e da Inglaterra, fez com que vários outros tratados fossem elaborados.
  •   Resultado da I Guerra - Os perdedores tiveram que assinar o Tratado de Versalhes. A Alemanha teve seu exército reduzido e sua indústria bélica controlada. Teve que devolver à França a região da Alsácia-Lorena. Teve que pagar o prejuízo da guerra aos países vencedores.
  •   O Tratado de Versalhes repercutiu na Alemanha, sendo o principal fator do sentimento de revanche que ocasionou a II guerra. O resultado foi, aproximadamente, 10 milhões de mortos e milhões de feridos. Destruição da produção agrícola, industrial e muito prejuízo econômico.
  •   Assinatura do Tratado de Versalhes - Este fato impunha fortes restrições e punições aos vencidos.
  •   Tratado de Saint Germaim: Imposto ao Império Austro-Húngaro, determinava a independência de várias regiões até então submetidas ao poder austríaco.
  •    Tratado de Sèvres: Imposto ao Império Turco-Otomano. Várias regiões foram entregues a outras nações, grandes extensões territoriais se tornaram protetoras britânicos ou franceses. Aos turcos foi deixada apenas a Turquia, aproximadamente 1/7 da área do antigo Império Turco-Otomano.
  •     Tratado de Trianon: À Hungria, separada da Austrália, foi imposto o tratado que determinava que a cessão de vários territórios às nações vizinhas, diminuindo consideravelmente sua área territorial.
  •   Tratado de Neuilly: Imposto a Bulgária, responsável pela diminuição de grande parte do seu território e pela restrição de suas forças militares.
  •   Após o conflito - Famílias destruídas e crianças órfãs. E.U.A tornou-se o país mais rico do mundo.
  • Império Austro-Húngaro fragmentou-se. Surgimento de alguns países (Iugoslávia) e desaparecimento de outros.
  •   O império turco, após 200 anos de decadência, dividiu-se. Em 1919, foi criada a Liga das Nações (sediada na Suíça). Porém, pouco tempo depois, ela fracassou. O desemprego aumentou na Europa. Quatro anos após a I Guerra, a Europa já não era mais a mesma:  os presidentes substituíram os príncipes; automóveis, submarinos e aviões eram uma   realidade; o cinema e o rádio expandiram-se pelo mundo; as mulheres lutam pelos seus direitos.


sexta-feira, 23 de junho de 2017

Revolução Francesa

Antecedentes da Revolução:

Sociedade Francesa no séc. XVIII

A Sociedade era dividida em três estados:

1º Estado - Clero

2º Estado - Nobreza

3º Estado - Povo
Camponeses e burgueses

O clero e a nobreza tinham privilégios: não pagavam impostos, recebiam pensões do estado e podiam exercer cargos públicos.

O 3º estado começou a se revoltar e a lutar pela igualdade de todos perante a lei. Pretendiam combater, dentre outras coisas, o absolutismo monárquico e os privilégios da nobreza e do clero.

A economia francesa passava por uma crise, mais da metade da população trabalhava no campo, porém, vários fatores ( clima, secas e inundações), pioravam ainda mais a situação da agricultura fazendo com que os preços subissem, e nas cidades e no campo, a população sofria com a fome e a miséria.

Além da agricultura, a indústria têxtil também passava por dificuldades por causa da concorrência com os tecidos ingleses que chegavam do mercado interno francês. Como conseqüência, vários trabalhadores ficaram desempregados e a sociedade teve o seu número de famintos e marginalizados elevados.

Assembléia dos Estados Gerais
A Assembléia dos Estados Gerais não se reunia há 175 anos. Era formada por integrantes dos três estados, porém, só era aceito um voto para cada estado, como clero e nobreza estavam sempre unidos, isso sempre somava dois votos contra um do povo.

Em maio de 1789, após a reunião da Assembléia no palácio de Versalhes, surgiu o conflito entre os privilegiados (clero e nobreza) e o povo.

A nobreza e o clero, perceberam que o povo tinha mais deputados que os dois primeiros estados juntos, então, queria de qualquer jeito fazer valer o voto por ordem social. O povo (que levava vantagem) queria que o voto fosse individual.

Para que isso acontecesse, seria necessário uma alteração na constituição, mas a nobreza e o clero não concordavam com tal atitude. Esse impasse fez com que o 3º estado se revoltasse e saísse dos Estados Gerais.

O rei Luís XVI tentou reagir, mas o povo permanecia unido, tomando conta das ruas. O slogan dos revolucionários era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.



Em 14 de julho de 1789 os parisienses invadiram e tomaram a Bastilha (prisão) que representava o poder absoluto do rei, já que era lá que ficavam os inimigos políticos dele. Esse episódio ficou conhecido como "A queda da Bastilha".

O rei já não tinha mais como controlar a fúria popular e tomou algumas precauções para acalmar o povo que invadia, matava e tomava os bens da nobreza: o regime feudal sobre os camponeses foi abolido e os privilégios tributários do clero e da nobreza acabaram.



No dia 26 de agosto de 1789 a Assembléia Nacional Constituinte proclamou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, cujos principais pontos eram:

  • O respeito pela dignidade das pessoas
  • Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei
  • Direito à propriedade individual
  • Direito de resistência à opressão política
  • Liberdade de pensamento e opinião









Em 1791, foi concluída a constituição feita pelos membros da Assembléia Constituinte.

Principais tópicos dessa constituição

  • Igualdade jurídica entre os indivíduos
  • Fim dos privilégios do clero e nobreza
  • Liberdade de produção e de comércio (sem a interferência do estado)
  • Proibição de greves
  • Liberdade de crença
  • Separação do estado da Igreja
  • Nacionalização dos bens do clero
  • Três poderes criados (Legislativo, Executivo e Judiciário)


Convenção Nacional

Nessa época, as forças políticas que mais se destacavam eram as seguintes:

Girondinos: alta burguesia
Jacobinos: burguesia (pequena e média) e o proletariado de Paris. Eram radicais e defendiam os interesses do povo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, pregavam a condenação à morte do rei.
Grupo da Planície: Apoiavam sempre quem estava no poder.
Mesmo com o apoio dos girondinos, Luís XVI foi julgado e guilhotinado em janeiro de 1793. A morte do rei trouxe uma série de problemas como revoltas internas e uma reorganização das forças absolutistas estrangeiras.

Foram criados o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário (responsável pela morte na guilhotina de muitas pessoas que eram consideradas traidoras da causa revolucionária).

Esse período ficou conhecido como “Terror”, ou "Grande Medo", pois os não-jacobinos tinham medo de perder suas cabeças.

Durante o governo Jacobino dele vigorou a nova Constituição da República (1793) que assegurava ao povo:

  • Direito ao voto
  • Direito de rebelião
  • Direito ao trabalho e a subsistência
  • Continha uma declaração de que o objetivo do governo era o bem comum e a felicidade de todos.



Video: Novo Telecurso 
29 - Século das revoluções

Exercícios: Clique Aqui



segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Os bantos



Originários do noroeste do continente africano, onde atualmente são os países da Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Os povos bantos eram agricultores, conheciam a metalúrgica e viviam em aldeias comandadas por um chefe, o manicongo. Devido ao tráfico negreiro, esses povos foram obrigados a cruzarem o Atlântico e desembarcarem no Brasil para exercer um trabalho compulsório em um dos períodos mais catastróficos de nossa historia: a escravidão.

Contudo, a contribuição africana no período colonial foi muito além do campo econômico, uma vez que, os escravos souberem reviver suas culturas de origem e recriarem novas práticas culturais através do contato com outras culturas. Nesse sentido, os bantos contribuiriam grandemente na formação do plano cultural no país, os Bantos apresentaram uma especificidade cultural, notadamente na linguística, nos costumes e, principalmente, no campo religioso, que mesclou aspectos do cristianismo com suas tradições religiosas. Além de dar lugar a macumba,trouxe para cá instrumentos como os tambores,um pouco diferentes dos atabaques iorubas, os chamados tambores de jongo, com duas variedades principais: os maiores, tambus, e os pequenos, a que dão o nome de candongueiros, temos ainda o ingono de Pernambuco e outros estados do norte. A cuíca, que já faz parte dos nossos conjuntos orquestrais típicos, toma outros nomes como roncador, fungador e socador, no Maranhão e Pará. Também o tão conhecido berimbau utilizados pelos negros capoeira na Bahia chamados de urucungo pelos negros. Segundo Edílson Carneiro, estudante de jogos de capoeira, "O berimbau nada mais é do que um arco de madeira, vibrado por uma vareta. A esse arco se junta a metade de uma cabaça, presa a ele por um cordão que atravessa o fundo da mesma.”

Do batuque angola- congolense surgiu, após sucessivas transformações, o nosso samba, que toma nomes variados conforme as regiões. O folclore negro-brasileiro de procedência bantu é bem rico. Em primeiro lugar, temos as festas populares do ciclo dos congos ou cucumbis. São evidentemente sobrevivências históricas de coroação de monarcas, lutas dessas monarquias umas com as outras e contra o português invasor e escravista. A sobrevivência das culturas dos povos bantus encontra-se em certos autos e festas populares negro-brasileiros, como cordões, ranchos e clubes carnavalescos, confrarias negras, maracatus do Nordeste, elementos do bumba-meu-boi entre outras, tornando assim o povo banto um dos grandes formadores da cultura brasileira.

Fonte: Blog dos Curiosos

sexta-feira, 11 de março de 2016

Jovens lançam protestam contra reforma trabalhista


França viveu nesta quarta-feira uma jornada de protesto da esquerda contra a esquerda. O primeiro-ministro socialista Manuel Valls reitera nos últimos dias que os jovens serão “os mais beneficiados” pela polêmica reforma trabalhista que seu Governo redigiu. Mas esses jovens, céticos, foram os primeiros a sair às ruas para exigir a retirada do projeto. Dezenas de milhares de estudantes, apoiados por sindicatos, participaram de mais de 250 protestos, paralisações e manifestações em toda a França, com o argumento de que a reforma é “uma ofensiva” contra eles. Amobilização se soma a uma greve de ferroviários por aumento salarial.
A reportagem é de Carlos Yárnoz, publicada por El País, 09-03-2016.
A favor e contra
Contrários ao projeto
• Sindicatos. A grande maioria exige diretamente a eliminação do projeto de lei. Oito organizações se preparam para uma greve geral no dia 31 de março.
• Organizações estudantis. As três principais entidades organizaram os protestos desta quarta-feira. Acreditam que a lei irá trazer mais insegurança no trabalho.
• Rebeldes socialistas. A ala esquerdista do Partido Socialista, do Governo, tacha a reforma de “liberal”. A prefeita de Lille, Martine Aubry, lidera o grupo e exige “mudanças radicais” no projeto. Militantes e ex-militantes promoveram o manifesto Lei do Trabalho: Não, Obrigado, que já soma 1,2 milhão de assinaturas.
• Esquerda radical e verdes. Todos os partidos à esquerda do Partido Socialista rejeitam a reforma.
Defensores do projeto
• Reformistas. Junto com o presidente François Hollande, a reforma foi promovida pelo primeiro-ministro Manuel Valls, e pelo ministro da Economia, Emmanuel Macron, que se definem como os principais “reformistas” do Executivo. Seus detratores dentro do Partido Socialista os classificam como “sociais-liberais”.
• Setor empresarial. A Medef (entidade patronal) afirma que o projeto “está no caminho certo”.
• Centro-direita. Os líderes do partido de Nicolas Sarkozy, Os Republicanos, anunciaram que votarão a favor do projeto caso ele não seja modificado. François Bayrou, líder do centro, acredita que os protestos refletem “a rejeição eterna” da França a qualquer avanço reformista.
• O Nobel Tirole. Cerca de 30 economistas, incluindo o prêmio Nobel Jean Tirole, argumentam que a reforma é “um avanço para os mais fracos” e citam como exemplo a reforma trabalhista espanhola, porque, segundo eles, motivou um aumento dos contratos de trabalho permanentes.
Abertos a negociar
• Sindicatos reformistas. Pelo menos dois sindicatos não rejeitam o projeto, mas querem negociar mudanças importantes, como a eliminação de limites máximos de indenização em casos de demissão.
• Ultradireita. A Frente Nacional critica o projeto, mas quer uma reforma trabalhista profunda.
Os organizadores da mobilização estudantil, habitualmente próximos do Partido Socialista (Governo), temem que, com o projeto, a atual precariedade trabalhista se transformará em uma característica permanente, em vez de um efeito temporário da crise. Com esse argumento, as três organizações estudantis mais ativas organizaram centenas de assembleias em colégios e universidades para promover paralisações e protestos. Na região de Paris, desde o começo da manhã os estudantes usavam contêineres de lixo e outros itens de mobiliário urbano para bloquear o acesso a cerca de 30 escolas do ensino médio. Em toda a França, a paralisação atingia cerca de 100 escolas, num total de 2.500 estabelecimentos de ensino.
“É um retrocesso”; “É o texto que a entidade patronal deseja”; “Esta reforma não é nem social nem socialista”; “Este protesto é só o começo”; “Os jovens estão oprimidos”; “É uma lei perigosa”; “[O presidente François] Hollande mente para nós”; “Sempre atingem os precários”; “O pior ataque aos trabalhadores”… Essas eram algumas das frases ditas por manifestantes ou escritas nos cartazes. Dois pontos do projeto geram especial repulsa entre os manifestantes: a autorização para que as empresas façam demissões coletivas quando houver queda no seu faturamento e a redução do valor máximo das indenizações em caso de demissão sem justa causa.
As principais manifestações ocorreram em Paris. Na emblemática praça da República, cerca de 6.000 pessoas participaram, a maioria estudantes, mas também sindicalistas. “On vaut mieux que ça” (“valemos mais do que isso”), gritavam eles em coro, enquanto vários jovens desenhavam a frase com seus próprios corpos. Outras concentrações ou passeatas importantes, com milhares de participantes, foram registradas em MarselhaBordéusToulouseRennesTours.
Duas horas antes, milhares de trabalhadores dos setores público e privado, convocados por oito sindicatos, percorreram o centro de Paris. Com eles estava Philippe Martinez, líder da CGT, a principal central sindical francesa, que reiterou que a reforma favorece “o dumping social”.
Os pontos-chave da lei
35 horas. A reforma não altera a sagrada lei que fixa o limite de 35 horas de trabalho semanal, mas de fato a dinamita. Por acordo interno nas empresas ou por decisão do empresário —por abertura de novos mercados, reestruturação ou causas excepcionais—, poderão ser ultrapassados esses limites.
Demissões. Poderão ser motivadas por queda de encomendas, perda de alcance de negócios, mudanças tecnológicas ou reorganizações.
Indenização. Registram uma liquidação geral. De quatro a três meses de salário se o tempo de serviço é inferior a dois anos. 15 meses se supera os 20 anos, em lugar dos entre 24 e 27 atualmente.
Horas extra. Quando forem superadas as 35 horas semanais, poderão ser pagas a partir do acordo setorial se a empresa e o comitê sindical aceitarem. Também poderão ser pactuadas baixas salariais. Os sindicatos minoritários poderão convocar referendos nas empresas contra acordos dos majoritários.
Acordos na empresa. Como norma geral, os acordos entre empresário e comitê sindical estarão acima dos setoriais, o que preserva o poder dos sindicatos.
Fonte: Unisinos