sexta-feira, 1 de julho de 2011

1997 - Chineses festejam, Ingleses choram

Jornal do Brasil: Terça-feira, 1 de julho de 1997
A China realizou um sonho ao recuperar o riquíssimo enclave estrangeiro que, sozinho produzia 160 bilhões de dólares, 15% do PIB da China

Duas imagens marcaram o dia da reunificação: a primeira foi o sorriso exultante do presidente chinês, Jiang Zemin, quando desceu do avião que o trazia de Pequim, e foi cumprimentado com a tradicional saudação oriental - as duas mãos coladas na frente do peito - por Tung Chihua, o novo chefe do executivo local.

A segunda foram as lágrimas enxugadas rapidamente por Christopher Patten, o último governador inglês, quando embarcava no iate Brittania, saudando pela última vez o território que governara durante seis anos.
Último governador britânico na cerimônia de adeus



A antiga colônia inglesa sempre desempenhou um papel especial para a China, por ser uma janela para o mundo capitalista. Hong Kong era uma das principais fontes de moedas forte para a China Comunista e, desde 1978, foi o canal por onde entraram mais de 60% dos investimentos que promoveram o espetacular crescimento chinês.

Hong Kong se transformava então na Região Administrativa Especial de Hong Kong, parte integrante do território chinês com regime ecônomico capitalista. Foram deslocados para lá quatro mil soldados chineses, comprometidos a respeitar as leis, o povo e o modo de vida da ilha, agora politicamente integrada ao país.




O término do acordo que durou 99 anos

No século passado, os comerciantes ingleses começaram uma rota de tráfico de ópio chinês, e em pouco tempo controlavam o comércio da droga dentro da própria China, o que provocou a Guerra do Ópio (1839-1842). Hong Kong era, na época, um amontoado de rochas com pouca população e nenhuma fonte de riqueza. O tratado de Nanquim, de 1842, cedeu Hong Kong formalmente aos ingleses. Em 1898, após nova tentativa militar de tomada de território chinês pelos ingleses, foi assinado um novo acordo. Os ingleses ficariam com Hong Kong por 99 anos.

Fonte: JOrnal do Brasil

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